Os blocos de montar ou de construção desempenham um papel importante no desenvolvimento infantil. São ferramentas de aprendizagem de manuseio relativamente simples que permitem exercitar a motricidade e a criatividade em níveis elevados, aprimorando a cognição e a habilidade de resolver problemas.

Historicamente, os primeiros blocos de montar datam do século XVIII, numa proposta do educador alemão Friedrich Fröbel, criador do conceito de "kindergarten" ou Jardim de Infância. Em 1880 ele concebeu o primeiro sistema para ensino de crianças menores de 7 anos, que na época eram consideradas muito pequenas para frequentar as escolas regulares. Fröbel desenvolveu o Fröbelgaben, um conjunto de brinquedos educativos projetado especialmente para crianças pequenas, que consistia em blocos geométricos de madeira que levavam as crianças a explorar formas, estruturas e padrões de maneira divertida.

Alguns anos mais tarde, a educadora e médica italiana Maria Montessori também se destacou no uso de blocos como material didático. Ela observou que crianças entre dois e seis anos passam por um período em que estão interessadas na manipulação de objetos, e em 1907 desenvolveu uma série de blocos que serviam no treinamento sistemático dos sentidos como forma das crianças desenvolverem a criatividade, a coordenação motora e a concentração.

Os blocos desta época serviram de base para que outros produtos similares e mais aperfeiçoados fossem desenvolvidos, não somente em madeira, mas também em metal e posteriormente em plástico, sendo os precursores de vários brinquedos bastante conhecidos como:

Meccano (1907)
Erector (1913)
Lego System (1932)
Futuro Engenheiro (1955)
Pino Mágico (1960)
Mec-Bras (1961)
Monte-Bras (1967)
Hering-Rasti (1972)

Nos tempos atuais os blocos de montar são considerados ferramentas pedagógicas valiosas, pois promovem o desenvolvimento infantil de forma lúdica, favorecendo os aspectos cognitivos, a motricidade, o equilíbrio emocional e a interatividade entre as crianças.